Entenda o que é a microcefalia e os problemas que ela pode gerar em seres humanos
SAÚDE
de 2 dias atrás0
A microcefalia é uma condição neurológica rara que faz com que o
crânio de um bebê se desenvolva seja menor do que o normal, caracterizando uma
deficiência no crescimento do cérebro.
Ela pode acontecer em diferentes níveis, sendo que nos casos
mais leves as complicações são inexistentes. Nos mais graves, porém, a
estimativa de vida é de apenas 10 anos.
De acordo com os parâmetros apontados pela Organização Mundial
da Saúde, os bebês que nascem com uma cabeça de 32 cm ou menos de
circunferência já podem ser diagnosticados com a malformação. Isso vale para os
bebês nascidos de nove meses, em casos de prematuros os valores mudam de acordo
com a idade gestacional.
Dentre as causas da condição, estão o consumo de álcool e drogas
na gravidez, diabetes materna, hipotireoidismo materno, desnutrição, exposição
à radiação, anomalias genéticas e infecções por agentes biológicos – como
rubéola, toxoplasmose e citomegalovírus. No entanto, de acordo com o recente
estudo citado, o Zika agora conta como um novo fator para o desenvolvimento da
microcefalia em bebês.
A condição pode ser diagnosticada na ultrassonografia, os
médicos são capazes de medir a cabeça do bebê ainda no útero e fazer um
diagnóstico de acordo com o tamanho da circunferência. Dos bebês que nascem com
a condição, em alguns casos, são esperados atrasos no desenvolvimento
neurológico, psíquico, motor. Além de déficit cognitivo, visual ou auditivo e
epilepsia.
As pessoas que possuem microcefalia podem levar uma vida comum
de acordo com o nível da condição, como apontou uma reportagem feita pelo
jornal Zero Hora. A publicação mostrou três casos no Mato Grosso: duas irmãs,
uma de 20 outra de 14 anos, que juntas colecionam mais 60 medalhas como
para-atletas – apesar de não saberem ler nem escrever – e o caso da jovem de 24
anos que se formou em Jornalismo no ano passado, além de já ter escrito um
livro.
Não há uma cura para a microcefalia, existem tratamentos que são
realizados para amenizar as complicações e sintomas de acordo com o caso, como
fisioterapia, acompanhamento fonoaudiólogo, terapia ocupacional. Em alguns
casos, são utilizados remédios para evitar convulsões ou realiza-se uma
cirurgia craniana para permitir o crescimento do cérebro.
[ Folha / Zero Hora / Terra / Ultra Curioso ] [ Foto: Reprodução / Wikipédia ]
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