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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

S.O.S ZIKA E MICROCEFALIA: VEJA LINK DE REPORTAGEM ESPECIAL DA VINDA DOS VIROLOGISTAS E PESQUISADORES DO ZIKA VÍRUS AQUI EM SERGIPE. COBERTURA COMPLETA DO ESTADÃO

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Parabéns especial ao Estadão e para os Jornalistas Erton Escobar (texto) e Tiago Queiroz (fotos)

CONFIRAM LINK ABAIXO. SURPREENDENTE!

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S.O.S ZIKA E MICROCEFALIA: "Zika e microcefalia: O mistério de Sergipe"

ESTADÃO

As informações e opiniões expressas neste blog são de responsabilidade única do autor.

Zika e microcefalia: O mistério de Sergipe

HERTONESCOBAR
29 Fevereiro 2016 | 11:06

O menor Estado brasileiro tem quase 200 casos de microcefalia, mas nenhum caso de infecção por zika vírus. Como explicar isso? Reportagem especial acompanha o trabalho de pesquisadores paulistas e sergipanos em busca de uma solução para este enigma

Rafaella Ioshino, bióloga do ICB-USP, observa mosquitos coletados no Bairro Industrial de Aracaju, onde a maioria dos moradores está com sintomas de infecção. Foto: Tiago Queiroz/AE
Rafaella Ioshino, bióloga do ICB-USP, observa mosquitos coletados no Bairro Industrial de Aracaju, onde a maioria dos moradores está com sintomas de infecção. Foto: Tiago Queiroz/AE
ARACAJU, SE
As evidências contra o zika vírus estão se acumulando rapidamente. É praticamente certo que ele está envolvido no surto de microcefalia que se espalha pelo país. Mas será ele o único culpado? Porque só algumas mulheres infectadas pelo vírus têm bebês com microcefalia, e outras não? Há outros fatores de risco que precisam estar presentes, em combinação com o vírus, para permitir que ele cruze a barreira placentária, infecte o cérebro do bebê e corrompa o desenvolvimento de seu sistema nervoso? É possível que sim.
Pesquisadores ligados à Rede Zika da Fapesp, em São Paulo, encontraram um “laboratório” ideal para investigar essas questões: Sergipe. O menor Estado da federação brasileira abriga uma das maiores incógnitas relacionadas a essa epidemia: Proporcionalmente ao tamanho de sua população (2,2 milhões de pessoas), Sergipe tem o maior número de casos de microcefalia do País (192); mas nenhum caso confirmado de infecção por zika até agora.
Veja o vídeo da reportagem aqui, na TV Estadão: http://goo.gl/8zHP3m
video_zika_sergipe
Isso não significa que o vírus não esteja circulando por lá (mais amostras precisam ser analisadas para ter certeza), mas o fato de ele ainda não ter sido encontrado faz de Sergipe o lugar ideal para investigar essa relação. Se há mesmo outros fatores envolvidos nessa relação zika-microcefalia, Sergipe é um bom lugar para identificá-los. “É provável que desse Estado saiam dados cruciais para entender essa doença”, diz o virologista Paolo Zanotto, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo, coordenador da Rede Zika.
Na semana retrasada, eu e o repórter fotográfico Tiago Queiroz tivemos a oportunidade de acompanhar, com exclusividade, o trabalho de um grupo de pesquisadores da rede em Sergipe, ligados à USP e ao Instituto Butantan. Em parceria com cientistas, médicos e agentes de saúde locais, eles coletaram amostras de mosquitos, sangue, urina e saliva de pessoas com sintomas de infecção, para identificar quais vírus estão circulando no Estado e quais são as complicações de saúde associadas a eles.
A reportagem completa pode ser lida aqui: http://goo.gl/LZziiQ
Muito mais do que uma notícia, é uma história das dificuldades logísticas, científicas e emocionais que pesquisadores enfrentam dentro e fora do laboratório para entender o que se passa, de fato, nessa epidemia que aterroriza o Brasil.
Boa leitura.
Cliomar Alves dos Santos, gerente de imunologia e biologia molecular do Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) de Aracaju, prepara amostras para análise. Foto: Herton Escobar/Estadão
Cliomar Alves dos Santos, gerente de imunologia e biologia molecular do Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) de Aracaju, prepara amostras para análise. Foto: Herton Escobar/Estadão
O virologista Paolo Zanotto, e o infectologista Daniel Ferreira de Lima Neto, ambos do ICB-USP, conversam sobre o andamento das pesquisas no Laboratório Central de Sáude Pública (Lacen) de Aracaju. Foto: Herton Escobar/Estadão
O virologista Paolo Zanotto, e o infectologista Daniel Ferreira de Lima Neto, ambos do ICB-USP, conversam sobre o andamento das pesquisas no Laboratório Central de Sáude Pública (Lacen) de Aracaju. Foto: Herton Escobar/Estadão
A imunologista Alessandra Schanoski, do Instituto Butantan, processa amostras de sangue de pessoas com suspeita de zika em Sergipe. As amostras serão analisadas para a presença do vírus. Foto: Herton Escobar/Estadão
A imunologista Alessandra Schanoski, do Instituto Butantan, processa amostras de sangue de pessoas com suspeita de zika em Sergipe. As amostras serão analisadas para a presença do vírus. Foto: Herton Escobar/Estadão

S.O.S MICROCEFALIA E ZIKA: "Organização Mundial da Saúde esclarece rumores sobre zika e microcefalia

Organização Mundial da Saúde esclarece rumores sobre zika e microcefalia

Entidade nega relação entre microcefalia e uso de vacinas e larvicidas

POR 
Bebê Lucas, de 4 meses, nascido com microcefalia em Campina Grande - RICARDO MORAES / REUTERS
RIO - A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou, nesta segunda-feira, uma nota em que esclarece rumores sobre o vírus zika e a microcefalia. A entidade é taxativa em afirmar que não há evidências científicas que possam relacionar os casos de zika e de microcefalia com o uso de vacinas, larvicidas e mosquitos geneticamente modificados.
Confira as explicações da entidade:
NÃO HÁ RELAÇÃO ENTRE VACINA E MICROCEFALIA
Não existe evidência relacionando qualquer vacina ao aumento de casos de microcefalia, identificados primeiramente na Polinésia Francesa, na epidemia de 2013-2014, e mais recentemente no Nordeste brasileiro. Não há evidência de que vacinas causam microcefalia em bebês.
Segundo a OMS, uma extensa análise dos documentos publicados em 2014 não encontrou prova de que nenhuma vacina aplicada durante a gravidez resultou em má-formação nos recém-nascidos. O Comitê Global de Aconselhamento em Segurança de Vacinas, que oferece aconselhamento científico independente à OMS sobre questões de segurança das vacinas, chegou à conclusão similar em 2014.
Além disso, agências reguladoras nacionais são responsáveis por garantir que produtos distribuídos para uso da população, como vacinas, sejam avaliados para obter padrões internacionais de qualidade e segurança. A OMS auxilia os países no fortalecimento dos seus sistemas nacionais de regulamentação.
NÃO HÁ RELAÇÃO ENTRE O INSETICIDA PYRIPROXYFEN E MICROCEFALIA
O pyriproxyfen é um dos 12 inseticidas que a OMS recomenda para reduzir as populações dos mosquitos. Larvicidas são inseticidas que matam o mosquito no estágio larval. Com base nas avaliações da OMS, não há indício de que o pyriproxyfen cause efeitos de desenvolvimento que podem resultar em microcefalia. A OMS continuará a avaliar evidências complementares sempre que disponíveis. A Agência Norte-Americana de Proteção Ambiental e investigadores da União Europeia chegaram à conclusão semelhante quando fizeram uma avaliação em separado do produto.
Larvicidas são armas importantes no arsenal da saúde pública. Especificamente em cidades e municípios nos quais não há água encanada, as pessoas tendem a beber água em recipientes dentro e fora de casa. Essas fontes de água, da mesma forma que espaços que acumulam água no lixo, calçada, vasos de plantas e pneus, servem como criadouros ideais para os mosquitos.
Larvicidas, como o pyriproxyfen, são usados em recipientes nos quais as pessoas armazenam água para impedir que as larvas se tornem mosquitos. Quando as pessoas bebem água de recipientes que foram tratados com pyriproxyfen, elas são expostas ao larvicida – mas em quantidades pequenas que não causam dano à saúde. Ainda, 90%-95% de qualquer larvicida são expelidos pela urina em até 48 horas. Esse produto vem sendo usado desde o fim dos anos 1990, sem qualquer relação com efeitos colaterais de saúde.
NÃO HÁ RELAÇÃO ENTRE EPIDEMIA DE ZIKA E MOSQUITOS GENETICAMENTE MODIFICADOS
A OMS afirma que não existem evidências de que o vírus zika ou a microcefalia no Brasil sejam causados por mosquitos geneticamente modificados. Nos mosquitos geneticamente modificados, os genes dos machos são alterados. Quando eles acasalam com as fêmeas, as larvas não sobrevivem. Essa prática busca controlar e reduzir significantemente as populações de mosquitos.
A OMS incentiva países afetados, bem como seus parceiros, a ampliar o uso das atuais ações de intervenção e controle como a forma mais imediata de reação, e a testar novas abordagens que possam ser utilizadas no futuro.
NÃO HÁ EVIDÊNCIA DE QUE MOSQUITO ESTERELIZADO FAVOREÇA AUMENTO DO ZIKA
Uma técnica que vem sendo desenvolvida para impedir o zika é o lançamento em massa de mosquitos esterilizados com baixas doses de radiação. Quando um macho estéril acasala, os ovos da fêmea não sobrevivem. A técnica vem sendo usada de forma bem sucedida e em larga escala para controlar pragas que ameaçam a agricultura e pecuária. Não há prova de que a técnica tem sido associada com o aumento de casos de microcefalia ou qualquer anomalia ou má formação.
A OMS incentiva países afetados, bem como seus parceiros, a ampliar o uso das atuais ações de intervenção e controle como a forma mais imediata de reação, e a testar judiciosamente novas abordagens que possam ser utilizadas no futuro.
BACTÉRIA USADA NO CONTROLE DE MOSQUITOS NÃO ESTÁ EXPANDIDO O ZIKA
Bactérias, como a Wolbachia, são usadas para controlar populações de mosquitos; elas não afetam seres humanos ou outros animais. A Wolbachia é encontrada em 60% dos insetos comuns, como moscas e borboletas. Mosquitos portadores da bactéria Wolbachia foram soltos em vários lugares, como Austrália, Brasil, Indonésia e Vietnã, de maneira a controlar a dengue (que é transmitida pelo mesmo mosquito do zika). Quando as fêmeas acasalam com machos portadores da bactéria, os ovos não eclodem, reduzindo as populações.
PEIXES PODEM AJUDAR A ACABAR COM O ZIKA
Alguns países afetados por zika e dengue estão usando métodos biológicos para o controle dos mosquitos. El Salvador, por exemplo, com grande apoio das comunidades de pescadores, está introduzindo peixes que se alimentam de larvas em recipientes de armazenamento de água.

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