27/01/2016 ÀS 08H10 - SAÚDE JORNAL DA CIDADE
Zika: Ministério da Saúde vai enviar pesquisadores para SE
Equipe vai investigar relação do vírus com casos de microcefalia.
Por: Célia Silva/ Equipe JC
Foto: Jadilson Simões/ Equipe JC
O Ministério da Saúde vai enviar uma equipe de pesquisadores para realizar estudos sobre a presença do zika vírus em Sergipe. Os trabalhos, que serão feitos com o acompanhamento de um laboratório móvel, devem começar no início da segunda quinzena de fevereiro. O zika tem sido apontado como responsável pelos casos de microcefalia em todo o Brasil, com destaque para o Nordeste. Sergipe está com 164 casos de microcefalia, todos ainda sob investigação, segundo o último boletim epidemiológico divulgado no dia 22 pelo MS.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Zezinho Sobral, o Ministério da Saúde lhe comunicou sobre a iniciativa no final da semana passada. Ele lembrou que a Secretaria de Estado da Saúde coletou 590 amostras de sangue em Sergipe para estudo epidemiológico da dengue e logo em breve divulgará o resultado final dos exames
Vacina
Para Zezinho Sobral, o combate eficaz ao mosquito vetor da dengue e das demais febres passa pelo comprometimento da população e do poder público. “No Nordeste Brasileiro isso depende de hábitos cultivados dentro de casa, como também do poder público e dos agentes de endemias, comunitários de saúde, das secretarias do município, enfim, do envolvimento de todos”, disse.
Para ele, a vacina contra a dengue é importante do ponto de vista tecnológico, mas está muito distante de ser a solução do problema contra a dengue, chikungunya e zika. “A vacina contra a dengue precisa ainda ser testada. Não é eficiente para todos os vírus, mas atende apenas a três tipos de vírus (1, 2 e 4) e só representa 60% das imunizações. Não pode ser aplicada em idosos nem crianças. Tem custo elevadíssimo e possui muitas contraindicações. É importante, mas não acaba com o mosquito, com os focos”, ressaltou.
Ele acrescentou que a vacina ainda está em fase de testes e que só deverá ser usada em casos de extrema necessidade, “ou seja, quando não conseguimos reduzir a população do mosquito. A vacina deve ser pensada como um complemento”, disse.
O secretário ressaltou que há opções mais baratas de solucionar o problema. “Precisamos de larvicida biológico e nós temos um larvicida orgânico, que não agride o meio ambiente e que foi lançado aqui mesmo em Sergipe. Então, o larvicida, os hábitos simples praticados por cada um em sua casa para não dar chance ao mosquito se proliferar, e o poder público, ou seja, com o envolvimento de todos, podemos, sim, eliminar o mosquito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário