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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

MICROCEFALIA: Notícia de ontem, 20/01/2016, de que " Zika vírus atravessa placenta" gera terror nas grávidas, e na população brasileira

Zika vírus atravessa placenta, diz análise da Fiocruz

Por iG São Paulo 
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Tecido de mulher que sofreu aborto retido foi examinado por pesquisadores do Instituto Carlos Chagas, que confirmaram que o zika vírus atravessa a placenta e chega ao feto

A microcefalia associada ao zika vírus está cada vez mais perto de ser cientificamente confirmada: o Instituto Carlos Chagas, da Fiocruz do Paraná, divulgou uma pesquisa que comprova que o vírus pode atravessar a placenta e chegar ao feto.
Instituto Carlos Chagas confirmou que o zika vírus pode atravessar a placenta
Alexandra Beier/Getty Images
Instituto Carlos Chagas confirmou que o zika vírus pode atravessar a placenta
A confirmação aconteceu por meio de uma mãe que teve um aborto retido ainda no primeiro trimestre de gestação, que é quando o bebê para de se desenvolver na barriga da mãe mas não é expelido pelo corpo da mulher. Por ela ter relatado sintomas do zika no início da gravidez, a placenta foi enviada para análise no Instituto Carlos Chagas, no Paraná.
Segundo o instituto, os resultados dos exames da placenta deram positivo para os flavivírus, da família do zika, dengue e chikungunya, ou seja, as proteínas de algum vírus desse grupo estavam presentes tanto na mãe como no feto. Para confirmar se realmente havia sido zika, a equipe do Laboratório de Virologia do ICC/Fiocruz fez a identificação do genoma viral por meio de técnicas avançadas e identificou o zika. A transmissão intrauterina, então, foi confirmada.
Uma das hipóteses para essa transmissão da mãe para o bebê é que o zika vírus estaria "pegando carona" nas células Hofbauer, que são células de defesa e que atuam na placenta. O zika, portanto, estaria sendo capturado por essas células, mas acabaria absorvido na placenta.
Além disso, os pesquisadores fizeram exames para detectar se havia uma possível infecção por dengue, mas o resultado foi negativo.
Microcefalia causada por zika vírus ainda é hipótese científica
O zika vírus está associado ao aumento de casos de microcefalia pelo fato de as mães que tiveram bebês com a malformação relatarem terem tido sintomas da doença no início da gravidez. Cientistas, porém, não conseguiram confirmar efetivamente se o zika é o causador da microcefalia, por isso se diz que há uma “associação”, já que o aumento de casos de microcefalia coincidiu com o aumento de casos de zika.
Com a confirmação de o zika ter passado pela placenta, essa hipótese científica está cada vez mais perto de ser confirmada. Mais estudos serão necessários para tirar todas as dúvidas, já que o País está enfrentando um problema ainda novo.
Veja como se prevenir:
1. Use repelente de insetos e reaplique conforme a instrução do rótulo. Foto: iStock
2. Não se esqueça de aplicar um repelente específico para crianças, já que a pele delas é mais sensível e a concentração do adulto pode causar alergias e até mesmo intoxicações. Foto: iStock
3. Não deixe água acumulada em nenhum lugar: em apenas sete dias muitos mosquitos aedes aegypti podem nascer, se tornando vetores da dengue, zika e chikungunya. Foto: Josi Pettengill/ Secom-MT
4. Se foi infectado por algum dos vírus, seja dengue, chikungunya ou zika, continue usando repelentes. Isso evita que o mosquito te pique e contraia o teu vírus, transmitindo para outras pessoas. Foto: iStock
5. Use roupas claras que cubram a maior parte do corpo. Foto: Divulgação
6. Tenha um cuidado especial com idosos: eles são mais frágeis às consequências dos vírus transmitidos pelo aedes aegypti. Foto: iStock
1. Use repelente de insetos e reaplique conforme a instrução do rótulo. Foto: iStock
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Usar repelente de inseto para evitar ser picado pelo Aedes aegypti é ainda a melhor forma de se prevenir contra o zika vírus. Eliminar criadouros do mosquito é igualmente fundamental para evitar a proliferação de vetores.
Além disso, quando alguém adoecer com o zika vírus, dengue ou chikungunya, é importante continuar usando repelentes para evitar ser picado e transmitir o próprio vírus ao mosquito, que picará outras pessoas e espalhará a doença.

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