23/1/2016 às 09h34 (Atualizado em 23/1/2016 às 12h02)
Microcefalia ligada ao zika vírus é severa em 71% dos casos, diz estudo
Desordem faz com que bebês nasçam com crânios e cérebros menores do que o comum
Um artigo publicado pelo CDC (Centro de Controle de Doenças dos EUA) nesta sexta-feira (22) mostra que 71% das crianças nascidas de mães que foram infectadas pelo zika vírus apresentam microcefalia, uma desordem neurológica na qual crianças nascem com crânios e cérebros menores do que o comum.
O estudo foi baseado em 35 bebês brasileiros microcéfalos, com o intuito de avaliar especificamente as características da microcefalia causada pelo zika.
Foi constatado pelos pesquisadores que alguns bebês sofriam de artrogripose, doença que afeta as articulações, e problemas oftalmológicos.
Especialistas não sabem ao certo por que o vírus, detectado pela primeira vez em 1947 na África, mas desconhecido nas Américas até o ano passado, está se alastrando tão rapidamente no Brasil e países vizinhos.
O zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue e a chikungunya. Um estudo norte-americano também sugere a possibilidade de transmissão do vírus por contato sexual e através da placenta, de mãe para filho.
A doença se assemelha com a dengue por ter sinais semelhantes, como febre, manchas pelo corpo com coceira, dor de cabeça e nas articulações, enjoo e dores musculares. Em alguns casos, o paciente pode apresentar olhos vermelhos.
Os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente em até sete dias.
Apesar de as pesquisas ainda estarem em andamento, evidências significativas no Brasil mostram uma ligação entre as infecções pelo zika e o aumento de casos de microcefalia.
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