Saúde
Ministério da Saúde promete formar 7,5 mil profissionais para atender bebês com microcefalia
Formação é prevista nas novas diretrizes para o atendimento das crianças com a má-formação, divulgado nesta quarta-feira pelo governo federal
O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira novas diretrizes para estimulação precoce de bebês com microcefalia. O documento orienta as equipes da atenção básica e especializada para reabilitação de crianças de zero a três anos com a má-formação. Para isso, o órgão promete capacitar mais de 7 mil profissionais.
O documento foi desenvolvido em razão do cenário de urgência em meio ao aumento de casos de microcefalia no país, segundo o órgão. As diretrizes abordam aspectos relacionados ao desenvolvimento auditivo, visual, motor, cognitivo e da linguagem das crianças.
— O objetivo das diretrizes é promover o desenvolvimento e aumentar a qualidade de vida das crianças com microcefalia. A ideia é reduzir ao máximo as deficiências residuais causadas pela má-formação — afirmou o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Alberto Beltrame.
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O documento foi desenvolvido em razão do cenário de urgência em meio ao aumento de casos de microcefalia no país, segundo o órgão. As diretrizes abordam aspectos relacionados ao desenvolvimento auditivo, visual, motor, cognitivo e da linguagem das crianças.
— O objetivo das diretrizes é promover o desenvolvimento e aumentar a qualidade de vida das crianças com microcefalia. A ideia é reduzir ao máximo as deficiências residuais causadas pela má-formação — afirmou o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Alberto Beltrame.
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Segundo o secretário, a estimulação precoce começa logo após o nascimento e vai até o terceiro ano de vida. Passado esse momento, a criança deve continuar com o tratamento de reabilitação para diminuir eventuais danos.
O ministério afirma que investirá R$ 650,6 milhões por ano no custeio do atendimento em reabilitação.O órgão fará um curso à distância para capacitar profissionais de saúde que atuarão na estimulação precoce, como fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e médicos. A meta é que 7.525 profissionais participem desta capacitação, cujas matrículas devem começar em março. O curso será desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
— As equipes de Saúde da Família precisam ter sensibilidade para acolher as famílias dessas crianças — destaca Beltrame.
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Na atenção básica, as diretrizes são direcionadas às Unidades Básicas de Saúde, Saúde da Família e Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Já na atenção especializada, são direcionadas à atenção domiciliar, hospitalar, ambulatórios de especialidades e centros de reabilitação. O conteúdo do documento é direcionado às crianças com microcefalia, mas pode ser aplicado a outras condições ou agravos de saúde, segundo o ministério. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) conta com 1.543 serviços de reabilitação em todo o país, que atuam em diferentes modalidades.
— Essa diretriz unifica as condutas dos profissionais e das equipes de Saúde da Família que podem orientar os pais. A família é o núcleo central e extremamente importante para estimular o desenvolvimento precoce da criança — explica o secretário.
Beltrame afirma que as crianças com microcefalia precisam ser avaliadas e encaminhadas o mais rápido possível a um centro de desenvolvimento precoce. O secretário também ressaltou a necessidade de prevenir que as gestantes sejam infectadas pelo zika vírus, por meio do combate ao Aedes Aegypti.
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