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sexta-feira, 8 de abril de 2016

S.O.S Zika e Microcefalia: "Zika é mais perigoso no primeiro trimestre de gravidez"


VIDA

Zika é mais perigoso no primeiro trimestre de gravidez

Estudo não identificou associação entre microcefalia e exposição a produtos como inseticida

ANA HELENA RODRIGUES (COM EDIÇÃO DE MARCELA BUSCATO)
06/04/2016 - 17h50 - Atualizado 06/04/2016 17h50
Os resultados iniciais de um estudo realizado na Paraíba mostram que a incidência de nascimento de bebês commicrocefalia é maior entre as mães que foram infectadas pelovírus zika no primeiro trimestre de gravidez.  O grupo de pesquisa, formado pelo Ministério da Saúde, governo da Paraíba e Centro de Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis (CDC) dos Estados Unidos, analisou 165 casos de mães que tiveram bebês com microcefalia e 446 casos controle (bebês sem microcefalia) em 56 municípios do estado.
Grávida vítima de zika deve ter direito ao aborto? Só é possível detectar microcefalia aos sete meses de gestação, quando nem países liberais permitem o aborto. A angústia da dúvida justifica interromper a gravidez? (Foto: Jupiterimages/Getty Images)
A pesquisa começou no dia 22 de fevereiro e investiga a proporção de recém-nascidos com microcefalia associada ao zika, além do risco da infecção pelo vírus. As amostras de sangue das mães e bebês paraibanos continuam sob análise para identificar outros possíveis agentes causadores da má formação comparando os casos de microcefalia com bebês sem microcefalia. Dessa maneira, é possível estimar com mais clareza o risco de contrair a doença e a relação do zika com a má-formação. Somente após essa fase, os resultados finais serão divulgados.
Dos 6.906 casos de microcefalia notificados entre outubro de 2015 e abril de 2016, foram identificadas, por meio de exames laboratoriais, 170 infecções pelo vírus zika. O Ministério da Saúde ressalta que esse dado não representa a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A microcefalia pode ser causada por diversos agentes infecciosos como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral. A pesquisa não encontrou nenhuma associação da microcefalia com a exposição a produtos como inseticidas, desmentindo boatos de que o problema estava sendo causado por larvicida adicionado à água como forma de combate ao mosquito Aedes aegypti.
Outro estudo realizado em Pernambuco pelo Grupo de Pesquisa da Epidemia de Microcefalia entrevistou 100 mães de bebês que nasceram com microcefalia no estado. No total, 59 mães tiveram erupções cutâneas - sintoma comum em pessoas infectadas pelo vírus zika - durante a gravidez.

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