INES dá início ao XIV Congresso Internacional e XX Seminário Nacional
· 27 DE OCTOBER DE 2015
Na manhã desta terça-feira, dia 27 de outubro, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) deu início ao XIV Congresso Internacional e XX Seminário Nacional “Experiências Surdas: Políticas e Práticas”, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. O primeiro andar do Rio Othon Palace recebeu a cerimônia de abertura do evento, que contou com a presença de mais de mil pessoas. O Secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antonio José Ferreira, ministrou a primeira conferência do encontro, “A Libras como direito”.
– Acompanhe pela TV INES a cobertura em vídeo do Congresso: www.tvines.com.br
– Para saber quais atividades e palestras serão transmitidas online, confira a programação aqui
– Para saber quais atividades e palestras serão transmitidas online, confira a programação aqui
Na mesa de abertura, também se pronunciaram representantes do Ministério da Educação; da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão; da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência; da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro; da Secretaria Municipal de Educação e do Instituto Municipal Helena Antipoff, além do diretor geral do INES, Marcelo Cavalcanti. Foi apresentada ao público uma versão comemorativa do hino nacional em Língua Brasileira de Sinais (Libras), em vídeo, interpretada pelo professor Bruno Ramos, do INES.
Em seguida, palestrantes compartilharam experiências em educação de surdos em outros países, em mídias e em esportes, assim como trajetórias profissionais e artísticas. Dos Estados Unidos vieram Peter Paul, da Universidade Estadual de Ohio, e Maribel Gárate, da Universidade Gallaudet, referência mundial no ensino superior para surdos, além de Joel Barish, fundador do DeafNation, que tem feito coberturas jornalísticas sobre manifestações pelos direitos das pessoas surdas e outros temas de relevância para a comunidade.
Entre os convidados ainda estavam os presidentes da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS) e da Federação Desportiva de Surdos do Estado do Rio de Janeiro (FDSERJ), que abordaram o desempenho de atletas e a realização das surdolimpíadas. O primeiro dia do congresso também contou com palestras do coletivo Corpo Sinalizante, de arte-educadores do Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, do repositório online de produções culturaisCulturaSurda.net, e do primeiro piloto surdo do Brasil, João Avião.
À tarde, os 15 grupos de trabalho (GT) começaram suas atividades, coordenados por profissionais do INES, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os temas dos GTs, sempre relacionados à área de educação e surdez e assuntos tangentes, serão trabalhados em todos os dias do congresso e terão suas conclusões apresentadas na sexta-feira, dia 30, último dia do encontro.
Novo formato
O diretor geral do INES, Marcelo Cavalcanti, anunciou algumas das novidades desta edição: as cabines com intérpretes; a exposição da Fundação Portinari no saguão de entrada, com recurso de QR codeque apresenta as obras de arte; o batismo do sinal do congresso, que inspirou a logo do evento; a programação cultural e os grupos de trabalho (GT). Segundo o diretor, a marca do congresso deste ano é a troca – de experiências, conhecimentos e ideias. “Isso acontece principalmente através dos GT, que reúnem surdos e profissionais da área de vários países”, afirmou.
Para Luiz Carlos Souza, professor do INES que coordena um grupo de trabalho sobre material didático-pedagógico, a criação dos GT tem muito a contribuir para o debate e a implementação de novas práticas: “É uma proposta nova e diferenciada, em que cada um vai trazer experiências de temas pertinentes todos os dias”, disse ele, em Libras.
Jeanie Liza Macedo, que participa do evento há 12 anos, também aprova as mudanças recentes: “Nos últimos anos têm vindo mais convidados de outros países. Além disso, agora há mais foco no ensino infantil e oportunidades para se debater experiências”, destacou ela, que é professora de Libras da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e comemorou a criação de um sinal para o congresso.
O chefe de gabinete do INES, Paulo Nascimento, lembrou a importância da presença de representantes de instituições estrangeiras, agregando conhecimentos e trazendo ao Brasil seus aprendizados na área. “Antigamente tínhamos apenas um seminário, que virou um congresso internacional. Este novo modelo é um grande ganho não só para a educação de surdos, mas a educação como um todo”, completou.
Gabriela Rizo, diretora do Departamento de Desenvolvimento Humano, Científico e Tecnológico (DDHCT) do INES, enfatizou que um dos objetivos do evento é veicular saberes e estudos sobre educação e surdez, possibilitando criar novos objetos e políticas em torno do tema e do protagonismo surdo. “Este é um encontro da diversidade. Aqui, somos iguais”, acrescentou.
– Clique aqui para ver mais informações sobre o XIV Congresso Internacional e XX Seminário Nacional “Experiências Surdas: Políticas e Práticas”
Nenhum comentário:
Postar um comentário