Shirley Morales, vice-presidente da FNE, é ofendida em Conferência Municipal de Saúde de Aracaju
A Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), entidade sindical de segundo grau, vem, por meio deste, registrar seu TOTAL REPÚDIO a agressão cometida à vice-presidente da FNE e presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (SEESE), Shirley Morales, durante o segundo dia da Conferência Municipal de Saúde de Aracaju, 10 de julho.
A coordenação da Conferência impôs que a eleição dos novos conselheiros fosse realizada durante a atividade, o que não deve acontecer. Para conseguir apoio a sua vontade, permitiu que convidados e ouvintes tivessem direito a voto, o que é contrário ao regulamento da Conferência, pois apenas delegados tem poder de decisão. Além disso, não houve clareza na computação desses votos.
Uma moção de repúdio, elaborada no primeiro dia do encontro, deveria ter sido lida no início das atividades, o que não ocorreu. “Perdeu-se o documento”. Somente após muita indignação de usuários e trabalhadores tamanho a falta de desrespeito é que o documento foi encontrado e registrado.
Ao solicitar que houvesse transparência nos votos das propostas apresentadas, para garantir que apenas os delegados estivessem registrando suas decisões, Shirley Morales passou a ser fortemente ofendida com termos como ‘histérica’, entre outros. Além de pedirem para que a tirassem do palco e exibir gestos obscenos.
Após avaliar que a melhor maneira de evitar uma situação mais grave e sair da sala, Shirley foi abordada por adolescentes que a chamavam de ‘racistas’, sendo que em momento nenhum houve qualquer tipo de menção a raça de qualquer um dos presentes.
Um boletim de ocorrência foi registrado e a revolta daqueles que entendem o objetivo da Conferência Municipal de Saúde e todas as suas etapas – garantir políticas públicas em prol de uma saúde de qualidade para trabalhadores e usuários – ratificou os problemas que acontecem atualmente dentro do Conselho Municipal de Saúde de Aracaju para benefício próprio daqueles que o gerenciam.
A FNE respeita as posições das coordenações dos Conselhos Municipais e Estaduais de Saúde, desde que haja respeito, ética e democracia nos espaços de decisão. É importante que trabalhadores e usuários se posicionem e estejam cada vez mais envolvidos para que as ações extraídas desses encontros não se transformem em políticas que beneficiam apenas um grupo.
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