Grávida do 2º filho, mãe de bebê com microcefalia apresenta manchas
Dona de casa de 18 anos pode ter sido infectada de novo pelo Aedes.
Dúvida é se ela contraiu o vírus da zika outra vez, um fato inédito na ciência.
Uma gravidez está chamando a atenção de médicos e pesquisadores em Pernambuco: pela primeira vez, a mãe de um bebê com microcefalia está na segunda gestação. Mãe de Anderson Gabriel, de 6 meses, que possui a malformação cerebral, a dona de casa Ana Júlia Xavier de Araújo, de 18 anos, está grávida do seu segundo filho. E ela apresentou manchas vermelhas no corpo bem semelhantes àquelas que teve na primeira gravidez, o que pode indicar uma nova infecção pelo mosquito Aedes aegypti.
A confirmação da segunda gravidez trouxe muita preocupação a Ana Júlia, que está no quarto mês de gestação. “Eu quase caio para trás, foi muito difícil, eu chorei muito. É o mesmo carocinho, do mesmo jeito. Essas manchas ficaram pelo corpo todo durante uma semana”, conta a dona de casa.
Ela não fez exames para confirmar o diagnóstico, apenas foi medicada no posto de saúde com remédio para diminuir a febre. Pelos sintomas, a dúvida é saber se Ana Júlia foi infectada pelo Aedes aegypti novamente e se corre o risco de ter contraído o vírus da zika, até então um fato inédito para a ciência.
A confirmação da segunda gravidez trouxe muita preocupação a Ana Júlia, que está no quarto mês de gestação. “Eu quase caio para trás, foi muito difícil, eu chorei muito. É o mesmo carocinho, do mesmo jeito. Essas manchas ficaram pelo corpo todo durante uma semana”, conta a dona de casa.
Ela não fez exames para confirmar o diagnóstico, apenas foi medicada no posto de saúde com remédio para diminuir a febre. Pelos sintomas, a dúvida é saber se Ana Júlia foi infectada pelo Aedes aegypti novamente e se corre o risco de ter contraído o vírus da zika, até então um fato inédito para a ciência.
“Ainda não temos evidência científica de que não se pode ter uma segunda infecção por zika. A partir da experiência com dengue e chikungunya, temos como hipótese que é provável que não haja uma segunda infecção, mas não existem trabalhos científicos que demonstrem que o zika não pode provocar uma segunda infecção”, explica Carlos Brito, clínico geral e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Ainda sem saber o sexo do bebê que está esperando, a dúvida que tira o sono de Ana Júlia é se o seu segundo filho vai nascer com microcefalia também. Esse bebê é esperado com ansiedade tanto pela mãe quanto pelos pesquisadores. “Isso tem uma importância crucial porque obviamente surge um alerta no sentido de que é preciso avaliar se é possível ter uma segunda infecção por zika, se a imunidade não é duradoura”, destaca Carlos Brito.
Monitoramento de grávidas com manchas
Em Pernambuco, 4.032 grávidas que apresentaram manchas na pele durante a gestação estão sendo monitoradas pelo estado. E Ana Júlia vai fazer parte desse grupo que recebe acompanhamento especial do governo. “Esse acompanhamento tem que ser feito de perto, em hospitais de referência com ultrassons seriados para que seja feito principalmente o diagnóstico de qual foi essa doença que ela teve”, ressalta a neurologista Anna Paula Paranhos.
De acordo com a gerente de Saúde da Mulher de Pernambuco, Letícia Katz, “nesse caso se preconiza uma ultrassonografia entre a 32ª semana e a 35ª semana de gestação, porque é nessa época que há a maior possibilidade de confirmação se existe ou não a microcefalia”.[veja vídeo abaixo].
Ainda sem saber o sexo do bebê que está esperando, a dúvida que tira o sono de Ana Júlia é se o seu segundo filho vai nascer com microcefalia também. Esse bebê é esperado com ansiedade tanto pela mãe quanto pelos pesquisadores. “Isso tem uma importância crucial porque obviamente surge um alerta no sentido de que é preciso avaliar se é possível ter uma segunda infecção por zika, se a imunidade não é duradoura”, destaca Carlos Brito.
Monitoramento de grávidas com manchas
Em Pernambuco, 4.032 grávidas que apresentaram manchas na pele durante a gestação estão sendo monitoradas pelo estado. E Ana Júlia vai fazer parte desse grupo que recebe acompanhamento especial do governo. “Esse acompanhamento tem que ser feito de perto, em hospitais de referência com ultrassons seriados para que seja feito principalmente o diagnóstico de qual foi essa doença que ela teve”, ressalta a neurologista Anna Paula Paranhos.
De acordo com a gerente de Saúde da Mulher de Pernambuco, Letícia Katz, “nesse caso se preconiza uma ultrassonografia entre a 32ª semana e a 35ª semana de gestação, porque é nessa época que há a maior possibilidade de confirmação se existe ou não a microcefalia”.[veja vídeo abaixo].
zika virus e microcefalia
Atualização diária ⋅ 6 de maio de 2016
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