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segunda-feira, 20 de maio de 2013

ENTREVISTA COM O PSICÓLOGO E PROFESSOR ANDRÉ MANDARINO, ELE FALA DA IMPORTÂNCIA DO DIA 18 DE MAIO DIA DA LUTA ANTIMANICOMIAL

                 EM BREVE SERÁ LEGENDADO (áudio com ruídos)

POR ENQUANTO, LEIA NA ÍNTEGRA A ENTREVISTA:

Marcia Meirellys: Estamos aqui com o Professor André Mandarino, Psicólogo, hoje 18 de maio Dia da Luta Antimanicomial. Professor o que é que o senhor tem pra dizer desse dia tão importante?                                                            

                           Reportagem: Marcia Meirellys          Cinegrafista: Emanuela Oliveira

 André Mandarino: Importante marcar essa data, como uma luta constante, que já vem se desenvolvendo hà algumas  décadas. Precisa ainda se fortalecer ...  em busca de uma política não excludente das pessoas consideradas doentes mentais. A gente vai ver que historicamente, os doentes mentais foram tratado com o modelo hospitalocêntrico, um modelo asilar, onde eles eram colocados nos hospitais psiquiátricos, e ali esquecidos.    Os hospitais psiquiátricos, funcionavam como depósitos desses doentes, para, excluí-los da sociedade, para tirá-los da visão da sociedade, porque a loucura incomoda.     A presença do louco no tecido social, se traduzia em incômodos, e para evitar esse incômodo constituído pela loucura, os hospitais psiquiátricos eram as válvulas.    Não tinha finalidade terapêutica, apenas de exclusão desses indivíduos da sociedade. Então, hà alguns anos a reforma psiquiátrica, a nova política de saúde mental, que se trata aqui no Brasil, vem buscando modelos alternativos, que agora já não são mais alternativos, já são os modelos da própria política de saúde mental brasileira, modelos que não se constituiu com base no hospital psiquiátrico.    Então esses modelos se constituem em cima de unidades conhecidas como CAPS, que, permitem que esse doente mental, possa, estar ali, fazendo seu acompanhamento terapêutico, participando de  uma diversidade de oficinas, e fundamentalmente na vida da comunidade.   É na família que ele precisa estar, é na família que ele vai fazer seu progresso, e é no ambiente social no qual é oriundo, que ele precisa estar convivendo para que ele não se torne, um doente cronificado, e mesmo aqueles que já estão cronificados não se tornem piores

Marcia Meirellys: Então percebe-se que hoje, se tem mais respeito por essas pessoas, não é verdade?

André Mandarino: Nossa busca é essa, então essa data 18 de maio dia da luta antimanicomial, busca que toda população entenda, que louco  entenda, que louco é uma pessoa como eu como você! Que as diferenças que o louco tem, são semelhantes as diferenças que todos nós temos, apenas um pouco mais evidentes, dentro da nossa sociedade. A gente percebe com mais ênfase isso que a gente chama de loucura.               

Marcia Meirellys: Essa luta também faz com as pessoas, aprendam a acolher melhor "essas pessoas"?

André Mandarino: Acolher e conviver com o doente mental.

Marcia Meirellys: A convivência também é um dos fatores fundamentais também dessa luta porque eles sentem-se melhor em casa?

André Mandarino: Sentem-se melhor em casa, o abandono que existia no hospital psiquiátrico, e que ainda hoje existe, nas unidades asilares, ele é um dos fatores que, mais adoece né? Que contribui para uma piora no adoecimento do interno, então é na família, em contato com a sociedade que ele vai desenvolver suas potencialidades. Não é confinado que ele vai ter algum tipo de melhora.

Marcia Meirellys: Muito bem, obrigado pela entrevista, hoje 18 de maio  é um dia importantíssimo e... você acabou de ser entrevistado pela TV PSI ! Espero que á partir de hoje você seja um dos nossos telespectadores.

André Mandarino: Obrigado, será um prazer!


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