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quinta-feira, 31 de março de 2016

S.O.S MICROCEFALIA E ZIKA. FATO GRAVE! "PE notifica mais de um caso de microcefalia por dia em uma semana"

29/03/2016 16h22 - Atualizado em 29/03/2016 16h22

PE notifica mais de um caso de microcefalia por dia em uma semana

Estado chegou a 1.829 notificações, 10 a mais que a semana anterior.
Segundo a Secretaria de Saúde do estado, já foram confirmados 273 casos.

Do G1 PE
Uma das maiores preocupações com a epidemia diz respeito a seu elo com os casos de microcefalia que se multiplicaram no Brasil (Foto: Felipe Dana/AP)Das 1.829 notificações de bebês com suspeita de microcefalia em Pernambuco, foram confirmados 273 casos entre 1º de agosto do ano passado até 26 de março deste ano (Foto: Felipe Dana/AP)
Em uma semana, Pernambuco notificou, por dia, mais de um caso de bebês com suspeita de microcefalia. De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do estado nesta terça-feira (29), já são 1.829 notificações, dez a mais que o total de casos notificados que constava no balanço anterior, divulgado no dia 22 de março.

Dessa quantidade de notificações, 273 casos foram confirmados e 349 descartados. Em comparação com o boletim anterior, foram cinco confirmações a mais. Em Pernambuco, continuam sob investigação 1.207 casos. Esses dados correspondem ao período de 1º agosto do ano passado até 26 de março deste ano.
A relação do vírus da zika com os casos de microcefalia foi encontrada em 99 bebês, nos quais o Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães, da Fiocruz, detectou o anticorpo IgM no líquido cefalorraquidiano, o que significa que houve exposição dos bebês ao vírus. Dos 127 testes realizados, 31 casos tiveram um resultado negativo, enquanto dois permanecem inconclusivos.

Desde o início de dezembro do ano passado, 3.438 casos de gestantes com manchas vermelhas na pele foram notificados em 131 municípios do estado. Desse total, 18 mulheres apresentaram a confirmação de microcefalia do bebê intraútero. Segundo a Secretaria de Saúde de Pernambuco, as manchas podem ser ocasionadas tanto pelas arboviroses (dengue, chikungunya ou zika),  quanto por rubéola, intoxicação, alergia ou alguma outra virose. Elas também não são um indicativo de que a mulher terá um bebê com microcefalia.

Pernambuco apresenta ainda 24 casos de bebês que nasceram mortos e 21 que vieram a óbito logo após o nascimento, mas nenhum dos casos teve a microcefalia como causa básica de morte, segundo a secretaria.

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S.O.S ZIKA E MICROCEFALIA: INÉDITO!! "Cientistas revelam estrutura do vírus da zika pela primeira vez". Estrutura é parecida com a do vírus da dengue e da febre amarela. Diferenças identificadas são essenciais para entender ação da zika.

31/03/2016 15h00 - Atualizado em 31/03/2016 15h00

Cientistas revelam estrutura do vírus da zika pela primeira vez

Estrutura é parecida com a do vírus da dengue e da febre amarela.
Diferenças identificadas são essenciais para entender ação da zika.

Do G1, em São Paulo


Imagem é representação da superfície do vírus da zika; equipe de cientistas conseguiu determinar a estrutura do vírus pela primeira vez  (Foto: Universidade Purdue/Cortesia)Imagem é representação da superfície do vírus da zika; equipe de cientistas conseguiu determinar a estrutura do vírus pela primeira vez (Foto: Universidade Purdue/Cortesia)
Pela primeira vez, cientistas conseguiram determinar a estrutura exata do vírus da zika. Muito parecida com a dos outros flavivírus, como dengue, febre amarela ou Oeste do Nilo, a estrutura do vírus da zika apresenta diferenças em uma região específica, o que os cientistas acreditam poder explicar as peculiaridades na transmissão e manifestação da doença.
O trabalho – feito por pesquisadores da Universidade Purdue e dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH) – foi publicado nesta quinta-feira (31) na revista “Science” e pode ter um impacto importante no desenvolvimento de tratamentos, vacina e diagnóstico.
A técnica usada para se chegar a esse “mapa” do vírus da zika foi a microscopia crioeletrônica, que conseguiu revelar a estrutura do vírus em uma resolução quase atômica. A técnica envolve a observação de amostras por microscopia eletrônica em temperaturas extremamente baixas, o que permitiu obter imagens com maior resolução.
De modo geral, a estrutura revelada é muito parecida com a de outros flavivírus: um genoma de RNA envolto por uma membrana rica em lipídio dentro de uma estrutura de proteína em forma de icosaedro (figura tridimensional de 20 faces).
A principal diferença identificada entre a estrutura do vírus da zika e outros flavivírus foi em relação a uma proteína-chave da superfície. Para o pesquisador da Universidade Purdue Devika Sirohi, um dos autores do estudo, observar essa diferença pode levar ao entendimento de por que o zika parece ser capaz de invadir o sistema nervoso de um feto em desenvolvimento, levando à microcefalia, diferentemente de outros flavivíurus.
 Imagem feita com crioscopia eletrônica do vírus da zika  (Foto: Universidade Purdue/Divulgação)Imagem feita com crioscopia eletrônica do vírus da zika (Foto: Universidade Purdue/Divulgação)
“Não está claro como o vírus da zika tem acesso a essas células e as infecta, mas essas áreas de diferença estrutural podem estar envolvidas. Essas áreas peculiares podem ser cruciais e pedem mais investigação”, diz Sirohi.
Vários grupos de pesquisa já fizeram o sequenciamento completo do genoma do vírus da zika, mas a estrutura do vírus permanecia desconhecida. Identificar essa estrutura permite entender como exatamente o vírus interage com as células humanas, quais proteínas na superfície do vírus, por exemplo, permitem que ele se ligue ás nossas células.
A cepa do vírus usada no estudo foi isolada de um paciente que foi infectado no surto que acometeu a Polinésia Francesa entre 2013 e 2014. Segundo os pesquisadores, existe uma grande similaridade entre os vírus que circularam nessa epidemia e os que têm sido identificados no Brasil.
Potencial terapêutico
O pesquisador Richard Kuhn, um dos autores do estudo e diretor do Instituto Purdue para Inflamação, Imunologia e Doenças Infecciosas, observa que determinar a estrutura do vírus promove um grande avanço na compreensão do vírus da zika, do qual se sabe pouco até o momento, e indica as áreas mais promissoras de pesquisa.
“A estrutura do vírus fornece um mapa que mostra regiões potenciais do vírus que poderiam ser alvo de um tratamento terapêutico, ser usadas para criar uma vacina efetiva ou para melhorar nossa habilidade para diagnosticar e distinguir a infecção por zika de outras por vírus parecidos”, diz Kuhn.

S.O.S ZIKA E MICROCEFALIA: ATENÇÃO!!ALERTA NACIONAL! Ministério da Saúde confirma, Transmissão local do zika vírus ocorre em todos os Estados do país.

Saúde

Transmissão local do zika vírus ocorre em todos os Estados do país, confirma Ministério da Saúde

Último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde também indicou crescimento do número de casos suspeitos de microcefalia — até agora, são 944 casos confirmados

Por: Estadão Conteúdo
29/03/2016 - 19h23min | Atualizada em 29/03/2016 - 22h41min
Transmissão local do zika vírus ocorre em todos os Estados do país, confirma Ministério da Saúde MARVIN RECINOS/AFP
Foto: MARVIN RECINOS / AFP
A transmissão do zika vírus já ocorre em todo o país. Boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira identifica a circulação do vírus no Acre, Amapá, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Estados que até semana passadanão identificavam registros de transmissão local. A mudança atesta a velocidade de propagação do vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.
— A transmissão ocorre numa rapidez muito maior, por exemplo, do que de chikungunya — afirmou o diretor do Departamento de Vigilância em Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch. 
Não há uma explicação para esse comportamento. Uma das hipóteses, no entanto, é o tipo de sintoma provocado nos pacientes, mais leve do que os da dengue e da chikungunya. 
— Como em alguns casos a doença não traz sintomas, pessoas infectadas se expõem mais, ficando mais suscetíveis a picadas de mosquitos — completou o diretor. 
Quanto mais mosquitos contaminados, maior o potencial de propagação da doença. 
Além do aumento da expansão da circulação do vírus, o boletim indica o crescimento do número de casos suspeitos de microcefalia. A malformação pode ser provocada por inúmeras causas, como alcoolismo da gestante, problemas genéticos e infecções. Há suspeitas de que a síndrome pode também ser provocada pela infecção do feto pelo zika. Até agora, foram identificados 6.776 casos suspeitos da má-formação — 1,5% a mais do que havia sido contabilizado semana passada. 
Do total de casos registrados, 944 foram confirmados, 4% a mais do que na semana passada. O porcentual de casos suspeitos em relação ao número geral de casos registrados caiu um pouco, em relação à semana passada, mas ainda é significativo: 63% ainda estão em análise. No boletim anterior, o porcentual era de 64%. 
O número de óbitos aumentou: 208. Do total de mortes ocorridas logo depois do parto ou abortos, 47 tiveram a microcefalia confirmada. Outros 139 casos estão em investigação e 22 foram descartados.   
O Ministério da Saúde reconhece uma lentidão na confirmação ou no descarte de casos suspeitos. Um pacote de medidas foi lançado há duas semanas para tentar acelerar a análise. Para se ter uma ideia, de outubro para cá, foram esclarecidos 2.485 casos suspeitos de microcefalia. Somente no ano passado, foram feitas 3.174 notificações. Isso indica que uma boa parte dos casos registrados em 2015 segue sem definição.
*Estadão Conteúdo